25/05/2011 - Retorno

Começamos nosso último dia nos EUA, infelizmente já era o dia do nosso vôo! O Vitor acordou muito cedo (5h da manhã) e foi resolver o problema do assento conforto, conseguiu reservar os 2 últimos assentos disponíveis (teve que pagar 50 dólares pelo dele) e já foi devolver o carro (porque a Budget foi bem clara em dizer que se o carro não fosse entregue até as 7:30h em ponto seria cobrado mais uma diária). O Vitor voltou e conseguiu dormir mais um pouco. Acordamos as 9:30h e começamos a nos arrumar, o chuveiro era uma porcaria (quando a água não estava gelada está queimando de tão quente) e não conseguimos sentar na salinha de café da manhã (porque estava cheia), mas pegamos uns cereais com leite e voltamos para o quarto. Chamamos um taxi e o Vitor teve que colocar todas as malas no carro porque o imprestável do taxista nem se mexeu para ajudar e para completar eu ainda tive que ficar segurando a porta do hotel para o Vitor sair com as malas porque as pessoas que entravam e saíam não tinham a menor educação em deixá-lo passar com as malas (sinceramente, aquilo era pior que terceiro mundo). Povo feio, mal-educado, imprestável! Eu já não queria conhecer Miami, agora então, passo longe!

Chegamos no aeroporto em 5 minutos e fomos fazer nosso check-in, fomos atendidos pela mesma funcionária que reservou os assentos confortos. Entramos na sala de embarque e fomos fazer um lanche antes do vôo. Deixamos quase todo mundo entrar e sentamos. O vôo atrasou muito pouco, mas foi bem tranqüilo, o Heitor mamou na decolagem (para evitar dor de ouvido), depois brincou por uns 20 minutos e dormiu (por inacreditáveis 2 horas e meia). Nós almoçamos aquela gororoba que eles chamam de almoço e ficamos assistindo filme (eu fiquei vendo Harry Potter, é claro). Quando o Heitor acordou ficou brincando na nossa frente por umas 2 horas e acabou dormindo novamente (ele tomou um anti-alérgico para dormir um pouco mais) por mais quase 2 horas. Quando ele acordou faltava 1 hora para chegar e ficamos brincando...eu insisti muito para que ele mamasse no pouso por causa do risco da dor de ouvido (que ele teve na viagem passada), mas ele queria brincar e isso causou um pouco de choro e protesto dele.

As malas demoraram uma eternidade para chegar e aí já começamos a sentar falta do primeiro mundo. Depois de pegar todas as malas fomos na Receita declarar o que compramos. Depois de esperar na fila normal com o Heitor no colo (sem ninguém nos dar atendimento preferencial), fomos atendidos. O funcionário revirou todas as malas, só não viu a mochila que estava nas minhas costas (eu também só lembrei dela depois que ele nos liberou) com notebook, câmera fotográrica, aparelho de DVD portátil (tudo comprado no Brasil, mas pelo menos evitamos a possível dor de cabeça).

Quando saímos encontramos o Rodrigo que foi nos buscar com nosso carro. Quando estávamos indo para o carro lembrei que esquecemos a cadeirinha do Heitor na esteiras e o Vitor foi lá pegar, depois de uns 40 minutos esperando o Vitor no carro fomos atrás dele. Ele estava na saída de receita esperando a cadeirinha que os fiscais não queriam liberar. Tinha um funcionário da TAM lá dentro esperando o fiscal só “olhar a cadeirinha e dizer ok” e é claro que aquela boa alma que acha que é Deus não liberou a cadeirinha enquanto não atendeu todas as pessoas que estavam na fila, mesmo com o funcionário da TAM explicando que estávamos com uma criança de colo que ficou 8 horas dentro de um avião que ainda não tinha jantado (e já eram 23h).

Depois de mais de 1 hora e meia de espera recebemos a cadeirinha. E o que a gente faz depois de uma humilhação com essa? Nada, né? Porque esses fiscais que sequer tem inteligência e bom senso tem poder demais nas mãos! E a justiça nesse país de terceiro mundo simplesmente não funciona! Enquanto estávamos esperando ainda vimos uma mulher sair praticamente chorando porque se sentiu humilhada. Depois de passar um tempo fora do Brasil não dá nem vontade de voltar para esse país onde as pessoas erradas têm poder demais para decidir de acordo com o humor delas e ainda podem se sentir a vontade para tratar as pessoas como quiserem, afina alguém já teve sucesso processando a Receita??? Mas o que podemos fazer, né? Vivemos aqui (pelo menos por enquanto, né?).

Pegamos a cadeirinha e fomos para o carro, no meio do caminho eu inventei de correr de salto até o banheiro e acabei torcendo o pé. O Heitor olhava pra mim e falava “aiai mamãe” e um funcionário do aeroporto ainda veio perguntar se eu estava bem, disse que isso acontece muito com ele (aí o Vitor falou baixinho no meu ouvido “espero que não seja por usar salto”...aí caí na gargalhada, mesmo morrendo de dor). Fomos embora para casa e no caminho passamos no McDonalds para matar a saudade no McCheddar (que não tem nos EUA). Quando chegamos em casa eu ainda desfiz todas as malas e separei as roupas e só depois de tudo arrumado fomos dormir as 2 horas da manhã.

Assim acabou uma viagem maravilhosa. Curtimos muito, o Heitor se desenvolveu demais, começou a falar várias palavras novas, o Vitor melhorou muito o inglês com o curso.

Algumas considerações finais...

Essa época é muito quente, deixaremos futuras viagens restritas á época de novembro a fevereiro. Mas o Vitor que é carioca disse que não se incomodou tanto com o calor, já pra mim foi quase insuportável nos últimos dias.

Feriado na Disney é realmente complicado, durante a semana da páscoa os parques estavam lotados e pegamos até engarrafamento para chegar em Downtown Disney. Vale a pena tentar se organizar para fugir dos feirados e da época de alta temporada.

Vale muito a pena levar crianças, qualquer que seja a idade. O Heitor curtiu muito a viagem passada e essa ele curtiu mais ainda. Quando perguntávamos para ele “Quem vamos ver hoje?”, ele respondia “Mimi”. Ter essa experiência ao lados dos filhos compensa qualquer trabalho ou dificuldade.


Termino o relato dessa viagem maravilhosa com a notícia que ja temos nova data de retorno. Dia 06 de novembro embarcamos novamente para aquela terra mágica (nada como ter milhagens).