terça-feira, 7 de setembro de 2010

03/09/2010 - A ida - O pior dia!

 
Chegou o grande dia e para variar não dormimos direito tamanha a ansiedade... Acordamos às 3 horas da manhã depois de ter dormido pouco mais de 1 hora, nesse momento já dei Polaramine para o Heitor dormir (já que Dramin não faz efeito nele), minha esperança era que ele dormisse bastante, mas como eu já devia ter imaginado, ele quase não dormiu.
Chegamos ao aeroporto (Brasília) às 4 horas da manhã (meus pais no levaram, coitados...). Chegando lá a coisa já começou a desandar. Como o Heitor é bebê ele tem direito a berço no avião, mas nos informaram que só poderíamos reservar no aeroporto de São Paulo, o Vitor ainda tentou conversar, explicando que tem uma resolução da ANAC que garante que pais acompanhados de crianças de colo têm preferência no assento conforto (como eles chamam). A conversa não resultou em nada e então nos despedimos dos meus pais e embarcamos. Durante todo esse tempo o Heitor estava meio “dopado” de Polaramine, mas não estava dormindo (só ele mesmo para não dormir com Polaramine).
No vôo até São Paulo sentamos nas primeiras poltronas e o Heitor teve espaço para brincar no chão, ele só dormiu quando o avião estava pousando. Chegando no aeroporto de Guarulhos o Vitor foi direto conversar com o supervisor da TAM para tentar resolver a questão do bercinho e das poltronas para o vôo até Miami, mas como eles informaram os acentos já estavam reservados por um casal com crianças mais velhas e como o casal pagou pelas poltronas eles só tentariam conversar para ver se eles aceitavam ser reembolsados e nem se importaram com a resolução da ANAC. Sinceramente, não tiveram respeito algum. A TAM falhou mesmo com a gente dessa vez.
A única parte boa foi que ficamos esperando o vôo em na salinha VIP do Centurion Club, para quem tem cartão AMEX (tem buffet de café da manhã, brinquedoteca, banheiros, vários sofás, TVs e computadores com internet). Comemos uns pães de queijo, sanduichinhos, café e refrigerantes. Depois de um tempo nessa salinha o Heitor acordou (ele dormiu 1h30, acho que só dormiu isso tudo por causa do remédio).
Salinha VIP para quem tem o cartão Amex!
Quase na hora de seguir para o avião fomos até a receita, declaramos notebook, máquina fotográfica e GPS e seguimos para o embarque (não tinha fila nenhuma e foi tudo bem rápido). Chegou então a hora de brigar novamente pelas poltronas da frente (onde o Heitor teria espaço para brincar e bercinho). Conversamos, nos irritamos e no fim a resposta da TAM foi: “Não podemos fazer nada”.
E então sentamos na segunda fileira, sem nenhum espaço no chão para o Heitor brinca e sem berço. Acho que dá para imaginar o sofrimento que foi esse vôo. Logo depois da decolagem o Heitor dormiu. O Vitor aproveitou para dormir também e eu só fiquei piscando (eu realmente não consigo dormir em avião). Os dois só acordaram quando chegou o almoço (o Heitor ficou fazendo bagunça e atacando a comida). E no meio daquele caos todo o Heitor ainda derruba um pudim, com calda e tudo, na poltrona do Vitor. Depois do almoço o Heitor brincou um pouquinho e dormiu novamente por mais umas 2 horas (detalhe: dormiu o tempo todo no meu braço porque nós não tínhamos bercinho). Com isso o Vitor pôde dormir um pouco mais. Então o Heitor acordou e o Vitor ficou um pouco com ele para que eu pudesse descansar os braços, mas ele sempre acabava vindo para o meu colo.
No geral o vôo foi muito cansativo e desgastante (pensamos seriamente em gastar muito dinheiro na próxima viagem e pagar passagem na classe executiva...rsrsrs). O Heitor queria brincar, mas não tinha espaço nenhum.
 

Mas o pior de tudo foi na descida, chegando a Miami. O Heitor estava brincando tranquilamente e de repente começou a chorar muito, nós nem percebemos que o avião tinha descido bastante e, por isso eu não o tinha colocado para mamar para evitar a dor de ouvido. E depois que ele começou a chorar ele não parou mais até o pouso (foram mais ou menos 40 minutos) e eu não sabia mais o que fazer. Eu sabia que ele estava sentindo dor e não sabia como fazer parar. Tentei a todo custo fazer com que ele mamasse, mas ele mamava um pouco e começava a chorar. Depois dos primeiros minutos de choro eu estava chorando junto com ele. Só mesmo quem é mãe/pai para saber como é desesperador ver um filho chorar de dor (e eu só lembrava da minha mãe falando que já teve dor de ouvido no avião e que dói muito). Me senti muito culpada pelo meu descuido, mas são erros de marinheira de primeira viagem.
Mas, graças aos Deuses o Heitor parou de chorar assim que o avião pousou e já saiu dormindo no meu colo. Chegamos a fomos para a fila da imigração, super cheia e sem fila preferencial pra crianças ou gestantes (que absurdo). Quando estávamos esperando a imigração nos liberar um policial apareceu e começou a mexer com o Heitor, estendeu os braço pedindo para pegá-lo no colo e é claro que eu não deixei (quem me conhece sabe que eu não deixo nenhum estranho segurar o Heitor, aliás eu não aceito nem que estranhos fiquem mexendo com ele). O Vitor disse pro policial que eu era muito ciumenta e ele levou na esportiva.
Pronto, só faltava pegar as malas e então adivinhem.... a nossa mala não veio! Nessa hora tem que rir pra não chorar! Não sabemos se ela ficou em Brasília ou se alguém pegou por engano. Mas independentemente do que tenha acontecido nós ficamos sem nenhuma roupa para trocar (apareceu outro casal de Brasília na mesma situação, as malas não chegaram nem a sair de Brasília). Sem mala nós seguimos para a Alamo para pegar o carro. O Vitor tinha reservado um carro simples, mas lá resolvemos fazer um upgrade e pegar um carro com porta-malas maior (afinal pretendemos fazer compras e entre elas um carrinho de bebê novo pro Heitor). O vendedor ainda ficou fazendo terrorismo para convencer o Vitor a pagar o seguro do carro (que seriam mais de 600 dolares), mas resolvemos não fazer e o Vitor disse que prestaria muita atenção do trânsito. Saímos de lá com um Toyota Corola num calor de quase fazer derreter (me lembrei de quando fui ao RJ – quente e úmido).
Paramos num drive-thru do McDonalds e comemos no carro mesmo, não queríamos perder tempo (eram 22h) e o Heitor já estava dormindo na cadeirinha (e ele continuou até chegar no hotel), eu tirei uns cochilos, mas quase chegando em Orlando o Vitor me acordou e pediu para conversar com ele pois ele estava ficando com sono.
Fizemos a viagem de Miami para Orlando em 3:45h. Graças à Doroty, nosso GPS loiro, saímos na metade da Rodovia e pegamos uma outra estrada paralela à Turnpike. A estrada era bem deserta, e passa por diversas cidadezinhas bem típicas de filmes americanos, com nomes meio indígenas (tipo Ochebee) e a gente até comentou que parecia um daqueles filmes de terror dos anos 80, mas foi tudo muito tranqüilo e não tivemos problema algum durante o trajeto.
Chegamos no hotel quase 2 horas da manhã. Depois de tanta coisa ruim acontecendo esperávamos que pelo menos o hotel não fosse tão ruim. E pelo menos a isso tivemos direito, o Hotel atendeu perfeitamente a nossa necessidade de dormir em uma boa cama.O Heitor chegou no hotel dormindo e assim ficou até o dia seguinte, acho que ele nunca ficou tão cansado, não acordou nem quando troquei a fralda. rsrsrs
Foi um dia difícil, com vários "probleminhas", mas isso acontece nas melhores famílias, né?! As temos alguns dias de azar, mas nem de longe isso estragou a nossa viagem, o sonho ainda estava pra começar!

10 comentários:

  1. Caramba, a TAM é fogo mesmo. No site diz que eles têm que liberar o assento da primeira fileira, mesmo que alguém já tenha pago. Muito chato isso.

    ResponderExcluir
  2. MI.... Quanta coisa... Meu Deus...
    Agora me diz... to curiosa.. Gostou do Hotel??
    Pegaram um quarto legal??
    Bjsss

    ResponderExcluir
  3. Ola imprevistos acontecem, bom que vcs chegaram bem. Aproveitem bastante. Bjs em meu neto

    ResponderExcluir
  4. poxa Mi, deve ter sido cansativo no avião..
    mas relaxa, vocês vão ter quase um mês pra descansar aí.. e sua mala?? como assim sumiu?? não sabe onde ela está?? rsrs..

    ResponderExcluir
  5. Nossa Michely, qta coisa chata.
    Essa do acento é fogo mesmo. Qdo eu estava grávida de 6 meses viajei para a Grécia, e não consegui sentar na primeira fileira tbém, e ~quem estava nessa fila não era nem com bb e nem gestante...é o fim da picada! E fila preferencial é só no Brasil mesmo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É um absurdo mesmo Mila, algumas empresas simplesmente não respeitam.

      E como as filas preferenciais fazem falta.

      Excluir
  6. Tem indicação de hotel pra ficar em Orlando em Outubro com duas crianças? E o vôo com a Delta Airlines? Conhece?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu não conheço muitos hotéis. Mas gosto muito dos que eu já fiquei, o Clarion Inn Lake Buena Vista e Extended Stay (uma rede de hotéis econômicos com cozinha no quarto)!

      Excluir
    2. Ah, nunca viajei de Delta, mas é uma empresa boa, tenho uma amiga que só vôo de Delta e adora! Já fui para Orlando de TAM e AA, já tive problemas e vôos bons com as duas. Acho que podemos ter problemas com qualquer uma, né?

      Excluir